domingo, 4 de outubro de 2009

Arianismo

“Um Cristianismo mais Humano”

Vão dizer que o arianismo foi uma das primeiras heresias cristãs, mas por que heresia? Para poder responder esta pergunta temos que entender o que Ário estava propondo. Tudo começou em Alexandria que tinha como bispo Alexandre, este que começou a entrar em desacordo teológico com um presbítero chamado Ário, e o ponto principal deste debate é se o Verbo (Jesus) era divino ao apenas humano, se foi criado ou gerado pelo Pai, se era coeterno com Ele. Enquanto Ário dizia que o Verbo tinha sido criado por Deus, mesmo que antes de toda a criação, mas para Ário ele foi criado. Alexandre defendia o contrário, que o Verbo sempre existiu junto ao pai, pois Ele era divino e por ser divino não poderia ser uma criação. A igreja nesse momento se ver entre a cruz e o punhal, se a teologia de Ário prevalecesse à igreja teria de negar a divindade do verbo e de “brinde” a de Jesus que passaria a ser apenas um homem, não mais adorado, não mas Deus, mas um exemplo de como viver, um protótipo de um novo ser humano; mas se a de Alexandre prevalecesse como foi o caso, a “igreja viveria como vive uma esquizofrenia”, como eu gosto de chamar a um “cristianismo esquizofrênico” a onde temos um Deus que é Pai e um Deus que é filho que são a mesma pessoa e que nós não podemos negar a existência de nenhum dos dois mesmo sabendo que são um, mas, porém dois, e isso por que nem falei do Deus que é Espírito, para muitos não se poder nem terminar a oração em nome de Deus, por que se não Deus não recebe, tem que ser em nome de Jesus, e tudo isso sem que poder negar é claro que somos monoteístas. Calma! Vamos voltar aos nossos dois protagonistas, o conflito entre eles dois ficou público Alexandre dotado de autoridade como qualquer outro ser humano lançou mão dela, condenou as doutrinas de Ário e o destituiu de seus cargos na igreja de Alexandria, mas para o azar de Alexandre, Ário não estava só, como Justo Gonzalez relata no seu livro “A era dos Gigantes” muitos bispos vieram apoiar Ário, assim como muitos outras pessoas, começou a haver manifestações públicas, o povo marchava pelas ruas gritando as máximas teológicas de Ário, agora reflita comigo: se muitos bispos e boa parte do povo estava com Ário, então como sua teologia foi condenada como herética, será a “vontade de Deus”, ou influência de alguns homens junto ao imperador? Imperador esse que é um velho conhecido nosso, Constantino que tinha um “conselheiro” em assuntos eclesiásticos que atendia pelo nome de Ósio de Cordoba (Bispo), que é enviado pelo imperador para evitar um cisma generalizado que dividisse a igreja oriental. Ósio quando chega em Alexandria se depara com algo maior do que ele esperava, e como dizem as más línguas, Ósio tinha um inclinação para a teologia de Alexandre, e percebeu que os argumentos de Ário eram um tanto quanto verdadeiros e muito persuasivo, usou de sua influência junto a Constantino para convocar um concílio, o famoso concílio de Nicéia. Onde só Bispos poderiam participar, como é de conhecimento nosso, Ário não era bispo por isso não poderia defender sua teologia nesse concílio, mas Eusébio de Nicomédia faria isso por ele, vão me dizer que Eusébio representou Ário maravilhosamente bem, mas acredito que não há ninguém melhor do que a própria pessoa para defender suas idéias, mas tudo bem, pois acredito também que o final desse concílio estava previsto mesmo antes de começar, “se é que vocês me entendem”. Mesmo antes de Eusébio terminar sua exposição foi tirado aos gritos de blasfêmia heresia e etc... e toda a doutrina ariana foi condenada como herética e anátema. Os que condenaram as doutrinas arianas afirmavam que elas afetava todo o plano da salvação (mexesse com tudo menos com a salvação) que Deus tinha para o homem. Mas para os arianos era a de Alexandre que distorcia o plano da salvação, pois se Jesus Cristo não era realmente um ser humano mas um ser divinizado, portanto seu ato de salvação em nosso favor não era uma vitória completa pois venceu por que era Deus, Para Ário seguir a Jesus deveria ser algo espontâneo, como foi o de Jesus ao fazer a vontade do Pai espontaneamente como homem, não por que era Deus. A falta que temos hoje de um Jesus mais humano e menos divino é enorme pois as pessoas não olham tanto para o Jesus como homem mas, como Deus e isso, nos distancia do que Jesus realmente quis com sua vida, que não foi se mostrar como Deus, mas, homem para nos ensinar a ser pessoas melhores, preocupadas não com um mundo espiritual no qual não vivemos, mas com olhos abertos para o mundo em que vivemos, preocupados com a realidade que nos cerca, mas o arianismo é apenas mais um cristianismo entre tantos que foi derrotado.

Sabemos que , o que um concílio decidiu nunca foi aceito por todos, os arianos continuaram em cena, foram alguns vezes ao poder caíram novamente e assim sucessivamente.

O problema da igreja é Cristo, a solução é Jesus”

Vandecir Junior.
Aluno do 5º período de teologia do SETBAL

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

PRÁXIS PASTORAL – MITO OU REALIDADE

Resgatando Sua Filosofia e Prática

O ministério pastoral era visto como uma vocação sagrada e voltada para cuidar do povo e para todos como um louvor a Deus, infelizmente hoje, é uma profissão ambiciosa para beneficio próprio. Quando debruçamos sobre os relatos dos Evangelhos e principalmente o de Lucas, O médico amado, sobre o ministério terreno de Jesus a ênfase da sua prática vocacional esta em um tripé, (Pregação, Ensino e Cura), onde também se refletia em cinco colunas, (Pregação, Ensino, Cura, Ação Social e Oração).

O nosso propósito principal com esta reflexão é resgatar o valor e prática pastoral perdida na dependência da Graça divina, dentro de nós mesmo na dependência da graça Divina. A princípio queremos voltar ao início de tudo, ou seja, ao original poimhn, (pastor) “onde o seu relacionamento com seu rebanho ilustra o líder espiritual com a sua comunidade a quem o mesmo lidera”, (Eadie); acreditamos também que o ministro de Cristo é chamado para cuidar de si mesmo (da sua vida pessoal, social, afetiva, profissional e espiritual) e das pessoas que estão dentro e fora de sua Eklessia cristã, com aconselhamento cristão-prático nas áreas concernente a sua comunidade (sua cidade) e apontar orientações práticas e cristã em questões com diz respeito a política, economia, social e religiosa em sua sociedade. Também compreendemos que essa prática só será resgatada se a nossa comunhão com Deus seja uma realidade a cada dia por meio de uma vida devocional de qualidade do cultivo sincero das disciplinas espirituais, onde as mesmas vão fazer parte da nossa vida hoje e sempre.

A nossa filosofia e prática ministerial proposta está baseada em cinco atividades ministeriais bem resumidos: Ministério da Pregação Bíblica contextualizada; Ministério de Ensino Bíblico dinâmico e prático; Ministério de Ação Social impactante com capacitação profissional; Ministério de Evangelismo e Discipulado com Compreensão e Compaixão e multiplicador e Ministério de Oração Relevante para o povo e para todos.

A primeira mudança ministerial é em relação ao Ministério da Pregação Bíblica contextualizada com verdade e praticidade na dependência de Deus. A nossa proposta é de um sermão impactante com mensagens desafiadoras para o cotidiano que falem sobre a graça e a cruz de Cristo, a Pessoa e a Obra de Deus Pai e do Espírito Santo, onde traga Fé, Amor e Esperança de forma racional, espiritual e aplicável para o indivíduo do século XXI mergulhado em dívidas, conflitos consigo mesmo, com suas famílias, amigos etc. A nossa pregação vai ter como inspiração nas palavras proféticas e confrontante de Jesus contra a religiosidade, a hipócrita, a mentira, a falsidade e a exploração contras os marginalizados.

A transparência bem como bem a autenticidade farão parte do nosso sermão e das nossas vidas. A nossa mensagem genuinamente bíblica quer seja de púlpito ou em conversas informais, terá um tom de confrontação para com a política ministerial desonesta em relação aos “pastores“ que não tem visão missionária para investir nas igrejas onde nossos missionários passam necessidades, mas todo final de ano pedem ajuste salarial. Em nosso diálogo também teremos uma exortação de coração aos “nossos políticos” que prometeram o céu e a terra, mas não cumpriram; nas nossas conversas informais e formais orientaremos a nossa comunidade de forma geral seja cristã ou não-cristã a votar consciente não por influência de parentes ou amigos, mas consciente; motivaremos os nossos adolescentes, jovens e adultos com o nosso exemplo a estudar, fazer cursos profissionalizantes e a terminar o 2º grau, faculdade pós-graduação, mestrado, doutorado a fim de encorajá-los a nunca desistir de seus sonhos porque Deus nunca desistirá deles.

Os temas atuais também vão fazer parte do nosso discurso sagrado. O nosso século XXI está marcado por enormes problemas sociais nunca antes visto e pra isto na dependência do Espírito Santo de Deus discutiremos entre os nossos adolescentes, jovens e adultos assuntos importantes tais como: Drogas, Violência, Prostituição, Gravidez na adolescência, orientações de como escolher uma profissão, sexualidade, aborto, namoro, noivado e casamento com planejamento familiar, pedofilia, tráfico humano, criação de filhos, planejamento familiar e outros da atualidade. Em fim analisaremos os problemas socio-econômico-político-religioso da nossa cidade e comunidade com uma atitude de compaixão e compreensão.

A segunda mudança em nossa práxis pastoral é desenvolver um Ministério de Ensino Bíblico dinâmico e prático com um currículo diversificado de disciplinas como um Instituto de Teologia Prática. O responsável pelo departamento de ensino da igreja organizará as respectivas matérias bíblicas e seculares (didáticas e psicológicas) e (salas de alfabetização também) em períodos (1º ao 8º) a fim de motivar o aluno da E.B.D. a crescer em Cristo de forma saudável e madura. As mesmas séries como no ensino público e particular serão respeitados, ou seja, do pré-escolar até ao curso superior (do novo convertido até ao ministro), lembramos que neste curso o aluno será avaliado em três áreas: acadêmica, vida e ministério, (vida prática com Deus). Ao termino do curso que será entre 4 a 6 anos o aluno terá a oportunidade de lecionar disciplinas que mais se identifica com acompanhamento dos respectivos professores experientes. O nosso propósito é alcançar o indivíduo em seu cognitivo, comportamental e emocional como Cristo fez de forma magistral.

A nossa terceira mudança será desenvolver um Ministério de Ação Social impactante com capacitação profissional para todos os necessitados. Os Projetos a serem aplicados (com certificados reconhecidos pelo MEC): informática para todos, curso de espanhol, curso de inglês, escolinha de futebol, aulas de canto, instrumentos, economia doméstica, corte costura, posto de saúde, odontológico, palestras de prevenção contra as drogas, AIDS, controle de natalidade, palestras desafiadoras sobre a preservação do Meio Ambiente, o valor e utilidade dos lixos recicláveis para cidade, Aquecimento Global e implantar uma ONG vinculada à igreja local com a finalidade de promover estes e outros projetos concretos de vida para todos que precisam de uma chance para começar uma vida de qualidade, “como aquela prometida por a todos que buscam Jesus (Jo 10.10); todas estas ações voltadas para comunidade onde a igreja está inserida realizada com honestidade, amor e compaixão pelo povo como Jesus fez.

A outra mudança em nossa atividade pastoral na dependência Divina consiste em imprimir no povo de Deus um Ministério de Evangelismo e Discipulado com compreensão e compaixão pelas vidas. A nossa proposta inicial para tornar esta prática ministerial viva, atraente e transformadora é conscientizar cada cristão a ser contagiante em seus relacionamentos interpessoais como foi Jesus quando esteve aqui na terra, visto que o mesmo conversava com as crianças ao mais idoso, do indivíduo importante na sociedade ao marginalizado. O nosso propósito inicial é desafiar nossa futura comunidade cristã a ter compreensão para com os usuários em drogas, os educandos presos, as meninas e meninos explorados sexualmente e compaixão para com aqueles que moram e passam fome nas ruas com um projeto apoiado pela nossa ONG de socialização através de um programa social a principio uma casa de triagem para direcionar os parentes e os respectivos usuários como procurar o tratamento adequado e a implantação de um abrigo onde acolha estas pessoas desamparadas a fim de que as mesmas depois de motivadas e capacitadas sejam empregadas e reintegradas à sociedade novamente.

A última práxis pastoral culminará em motivar nos crentes um Ministério de Oração Relevante em sua comunidade. Certa feita o nosso Senhor Jesus disse: “Não fostes vós que me escolhes, mas eu vos escolhi para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça...”; na concepção do nosso Mestre a razão pela qual Ele nos chamou foi para abençoar outras vidas, assim como o mesmo fez até a sua morte e doravante, entendemos a prática da oração como uma ferramenta concedida para ministrar graça, vida e misericórdia a quem precisa e não apenas ficarmos dentro dos nossos templos fazendo vigílias voltadas somente para nós mesmos. A nossa idéia inicial é mobilizar as senhoras da igreja para juntas realizar visitas de oração (prática feita em nossa igreja) em suas respectivas casas a fim de convidar as suas vizinhas (descrentes e crentes) para as reuniões para que depois do grupo firme realizar em outras casas. Da mesma maneira esta prática de oração e terapia com Cristo nas casas será realizada pelos adolescentes, jovens e os senhores da nossa igreja com o objetivo de anunciar as Boas Novas de Salvação de Cristo Jesus ao nosso próximo de uma forma amável e contextual aos nossos conterrâneos. A nossa missão de vida é conduzir descrentes e crentes a glorificar a Deus em todas as áreas de suas vidas e a nossa visão para o ministério que Deus nos confiou é ser uma pessoa simplesmente como Jesus.

Wagner Melo de Moura

Aluno do 1º período de Teologia

sábado, 4 de julho de 2009

IGREJA EVANGÉLICA, O QUE É ISTO É E PARA ONDE VAI?

O significado de “Igreja” segundo os nossos dicionários em português é: Templo Cristão; autoridade eclesiástica; comunidade dos cristãos; conjunto dos fiéis ligados pela mesma fé e sujeitos aos mesmos chefes espirituais; grupo literário.
“Evangélica”: sig. masc. Relativo ao Evangelho conforme aos ditames do Evangelho; protestante.
Com base nos significados, Igreja tem alguns significados a começar por: templo cristão que quer dizer santuário, lugar onde os cristãos se reúnem; autoridade eclesiástica, quer dizer possivelmente líder de congregação devidamente consagrado e de conhecimento eclesiásticos reconhecido; comunidade dos cristãos, uma associação de pessoas que comungam uma só fé em Jesus Cristo e que é sujeita a um chefe espiritual; grupo literário, pessoas que pesquisam, estudam, procuram ficar bem informados em um determinado assunto ou assuntos.
A partir da exposição destas definições, vou procurar esboçar o que é igreja, e que caminho percorre como responsável para divulgar o Evangelho aos povos nesse começo de terceiro milênio. A Igreja tem a base de pesquisa fundamentada no cristianismo e tem como fonte de pesquisa a Bíblia Sagrada devidamente reconhecida; diante do cristianismo tem os seus seguidores, e a grande pergunta que todos indistintamente fazemos é, para onde esta igreja vai e será que é verdade mesmo o que a Bíblia Sagrada nos diz? Diante deste quadro de indecisão percebemos que estão de forma atônita, autoridades eclesiásticas, mestres, pastores e seus discípulos. Portanto percebo que o caminho que está sendo percorrido pela igreja parece ser mais difícil do que o caminho do êxodo para a terra prometida. Quando me deparo com os ensinos da Bíblia Sagrada que em Mt. 22.37-40 diz:( Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento e o segundo semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas). O que a Bíblia nos diz é que devemos reconhecer e amar o nosso criador com “sinceridade”, depois, ter amor ao próximo como a me mesmo e ainda completa dizendo que deste mando, dependem a Lei e os profetas. Quando analiso ensinos bíblicos como estes, aflora no meu ser as minhas inquietações por causa das controvérsias praticadas dentro da igreja.
O porquê da minha inquietação: a prática da igreja, quando começo observá-la, percebo que está andando em círculo, e o que é pior andando para traz porque quando é para amar a Deus, ama o intelecto, os objetos, a beleza material, e o amor ao próximo está na beleza material e no poder econômico. E em Jo. 4.8 diz: “aquele que não ama não conhece a Deus”. Dentro das congregações, os chefes espirituais valorizam o seu alto salário ou sustento a todo custo, desconhecem e repudiam os fracos de espírito, manipulam de forma autoritária a lei que é para todos, e tais fatos tenho como comprovar e provar. De acordo com o amor que o Sr. Jesus Cristo ensina a Igreja, estamos caminhando para frente ou para traz? Quem conhece a Deus e O obedece, pratica o verdadeiro amor, anda para frente. Entendo que o amor de Deus é composto de compreensão, é algo que é participativo, é fortalecimento dos fracos de espírito, é abrigo com paz que promove enriquecimento do espírito etc. Não quero generalizar com minhas afirmações a todo o seguimento, mas é possível que se salve um percentual pequeno. Espero em Deus que haja mudança para melhor.

AS TENDÊNCIAS
Tendência: Inclinação; propensão; vocação; força que determina o movimento de um corpo; intenção; disposição. Fico com a força que determina o movimento de um corpo. A preocupação dos líderes espirituais com o “Eu Ter”, ter sustento expressivo destacável, ter santuário cheios de membros dizimistas regulares, membros pacatos os que aceitam tudo, tudo está bom, ovelhas que geram ovelhas para aumentar a receita da igreja e que de jeito nenhum reclame nada em relação ao chamado pastor, e de preferência seja uma congregação que tenha muitos membros, assim é uma congregação de futuro na visão do “Eu Ter”. Na visão do “Eu Ter”, a congregação nunca deve ser pequena com poucos membros, receita baixa, membros pobres, e na visão do “Eu Ter”, uma congregação pobre não tem futuro, está fora dos propósitos da Igreja. . Tudo isso, parece-me uma tendência de comércio, algo que tem que dá lucro material ao seu dono. A prova disto é a instalação de um monte de santuários religiosos nas principais avenidas das grandes metrópoles, procurando lugares movimentados para que dêem lucro financeiro. Para me igreja com essa filosofia é apenas uma associação de negócios. Em igreja deste tipo não é possível assimilar o amor e nem praticar o mor de Deus. Lucros financeiros é a força que determina o movimento ou o crescimento deste corpo na perspectiva do “Eu Ter”. Percebo que o “SER” na visão do “Eu Ter”, só serve para ser engolido pelo poder.

QUAL O PROGRESSO DA IGREJA?
Qual o progresso da Igreja? Há quase dois mil anos o projeto de igreja vem tentando sub-existir. Este projeto baseado no chamado cristianismo vem sendo desenvolvido ao longo do tempo parecendo que existe mais interesse material do que interesse nas coisas divinas. Toda a construção histórica da igreja há uma situação política inserida com tendências egoísticas exacerbadas que deixa de fora a verdadeira essência do Evangelho que é a matéria prima básica para a construção e manutenção da Igreja. O interesse material é tão grande que desencadeou ao longo do tempo inúmeras denominações querendo ser detentoras do projeto, projeto que é simples, bonito e promissor que constitui o racional sadio.
Desenvolvendo este projeto estão: Teólogos, mestres e pastores que no meu entender começam a construir este projeto e depois pelo egoísmo começam a destruí-lo. É uma situação triste, porque ao invés de progredir, regride, é como se andasse em circulo pegando coisas ao redor parecendo que o objetivo é algo muito pobre ou não existente. Como estou inserido um pouquinho no contexto teológico sendo participante membro de congregação, declaro com toda sinceridade, diante das práticas dos líderes fico inquieto, preocupado e até me pergunto: Aonde tudo isso vai parar?
Quero concluir afirmando que a fórmula para entender melhor o que é igreja, é obedecer as orientações do Mestre Jesus Cristo que estão em Mt. 22.37-40, que manda que amemos a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a nós mesmos. Nesse entendimento a Igreja poderá progredir; praticar o contrário disto, será impossível haver progresso, porque no entendimento do homem, o começo da igreja foi turbulento, o caminho até hoje continua turbulento, e até então a Igreja encontra-se bem fragmentada fragilizada, e para o futuro percebo que o caminho não será menos turbulento do que no passado e até o presente. Só a misericórdia do Grande “Deus criador” para com os homens poderá mudar este caminho egoísta e turbulento. Se obedecermos o mando de Jesus Cristo, teremos uma igreja forte, tendente a ganhar almas para salvação, e com a consciência de que igreja é participativa, e que as bênçãos são para todos os participantes indistintamente, aí haverá progresso. Que o Senhor nosso Deus nos dê sabedoria para que possamos entender de uma vez por todas o que realmente é Igreja e qual o caminho que devemos seguir.

José Tenório 7º Período. Disciplina Teologia dos Princípios Batistas.

OS CAMINHOS DA IGREJA NO INICIO DO TERCEIRO MILENIO

É vasta a doutrina social da Igreja sobre a sociedade, a sua estrutura, os valores fundamentais a cultivar em ordem à sua edificação como comunidade de pessoas, justa, pacífica e fraterna, e sobre a missão da Igreja na construção dessa mesma sociedade. O momento presente da nossa vida, no contexto da normal discussão democrática sobre os problemas do mundo, suscitou questões que dizem diretamente respeito à harmônica inserção da Igreja no caminho do terceiro milênio. Referimos a título de exemplo: a proposta de Lei de Liberdade Religiosa. Acreditamos que a apresentação clara do pensamento da Igreja, aos fiéis, facilitará o diálogo e trará à justa discussão dos problemas. A missão da Igreja na edificação progressiva de uma sociedade livre, justa e fraterna. Cada vez mais, um dado adquirido, pelo menos ao nível dos princípios, o respeito pelo direito dos cidadãos a serem crentes e a praticarem a sua religião. Mas na linha do subjetivismo individualista, que influenciou a cultura ocidental nos últimos séculos, há a tendência de considerar a fé religiosa exclusivamente como um fenômeno da esfera da intimidade pessoal, pertencente à ordem da vida privada, servindo isso de argumento para excluir qualquer influência da dimensão religiosa na vida pública e institucional da sociedade. Ora, não se pode ignorar que a religião congrega, gera fenômenos comunitários organizados. A Igreja é tanto um mistério de fé como uma realidade visível.
O Concílio Vaticano II chama-lhe sociedade organizada: "Esta sociedade hierarquicamente organizada, por um lado, e corpo místico por outro, assembléia visível e comunidade espiritual, Igreja terrestre e Igreja enriquecida por bens celestes, não pode ser considerada como duas realidades distintas; ao contrário, constituem uma única realidade complexa, constituída por um duplo elemento humano e divino", isto à imagem e na continuidade do próprio Verbo encarnado, Jesus Cristo. A Igreja caminha com toda a humanidade e partilha o destino terrestre do mundo. A visibilidade institucional da Igreja exige que o relacionamento da sociedade com ela não se limite ao respeito do âmbito pessoal da fé, mas enquadre a Igreja como estrutura visível e organizada.
Os nossos dias exigem muita coragem para viver. Há tantos motivos de preocupação e tantas angústias, mesmo se, no fundo, é também belo viver neste tempo, tão cheio de esperanças de um futuro mais sereno e mais humano. Muitos arriscam a vida, também, para defender suas idéias e sua liberdade, e não faltam exemplos luminosos de heroísmo. O cristão é levado, igualmente, a arriscar para permanecer tal. Não será verdade, talvez, que em algumas partes da humanidade ainda existe opressão e perseguição, levando os que desejam permanecer fiéis a Cristo a viverem escondidos, como no tempo das perseguições? E, muitas vezes, quando descobertos, pagam com a vida. Mesmo aonde não se chega a tanto, há sempre uma perseguição, és boicotado, colocam-te mil obstáculos, és ridicularizado só porque queres viver seriamente como cristão. Essa perseguição, entretanto, não é novidade desde quando Cristo foi colocado numa cruz, teve início uma longa história que já dura dois mil anos: a história dos mártires cristãos, que jamais conhecerá a palavra "fim". Ele disse: "Se me perseguiram, perseguirão também a vós".
É uma nota característica e perene da Igreja de Cristo: ela é Igreja do novo milênio. Existem, porém, algumas páginas nessa história que merecem uma grande atenção, e são as que se referem aos mártires dos primeiros séculos da Igreja Cristã, quando o sangue foi derramado em grande abundância. É muito útil, e até necessário, voltar a essa história (mas atenção: é história verdadeira, não lenda; história documentável, não fábulas ou mitos), porque é uma história que se torna escola: nela aprenderemos a ser também intrépidos na profissão da fé e corajosos na superação das provas do nosso martírio, qualquer que ele seja neste terceiro milênio. É preciso viver como Igreja de Cristo, um cristianismo sem medo de perde a sua própria vida, mais lutar em pro do outro e não se conforma com a injustiça que escraviza uma humanidade sedenta de Deus. É possível que neste terceiro milênio a verdadeira Igreja de Cristo que nos somos posar mudar esta historia que estamos presenciando nos dias atuais.

Arnaldo Félix, 7º período. Disciplina: Teologia dos princípios Batistas

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A Unção da galinha



Olá Turma.
Por falr em teologias modernas, vejam o vídeo postado e tirem suas conclusões.
Um abraço. prof. Neilton

Teologia Histórica

DEFINIÇÃO:
Teologia Histórica é o ramo da teologia que busca investigar as circunstâncias históricas em que as idéias se desenvolveram ou foram formuladas.
Visa desvendar a ligação que existe entre o contexto e a teologia. Aponta para o fato de que existe na teologia um elemento transitório ou condicional que não é necessário, nem inerente a seus fundamentos.
O estudo da história da teologia nos fornece instrumento para correção das visões estáticas da teologia.

VISÕES CONFLITANTES NO SEGUNDO SÉCULO
Início da formação de uma teologia
Motivações: A morte dos apóstolos
A necessidade de resolver problemas doutrinários emergentes
O surgimento de controvérsias doutrinárias.
Os primeiros teólogos: Bispos, líderes da Igreja – Orientações, cartas;
Os apologistas: Início de uma reflexão sobre a fé.

CRÍTICOS E SECTÁRIOS
Perturbações do início do segundo século

O GNOSTICISMO
Gnosticismo designa o movimento histórico e religioso cristão que floresceu durante os séculos II e III, cujas bases filosóficas era a antiga Gnose (palavra grega que significa conhecimento), com influências do neoplatonismo e dos pitagóricos.
Originou-se provavelmente na Ásia menor, e tem como base as filosofias pagãs, que floresciam na Babilônia, Egito, Síria e Grécia.
Combinava elementos da Astrologia e mistérios das religiões gregas, como os mistérios de Elêusis, com as doutrinas do Cristianismo.
Em sentido mais abrangente, o Gnosticismo significa "a crença na Salvação pelo Conhecimento".
Revindicava a posse de conhecimentos Acreditavam possuir o conhecimento de uma doutrina secreta de Jesus que os tornava diferentes dos cristãos alheios a este conhecimento
A fé era para os que ainda não tinham cultura, isto é, para os ignorantes: servia para iniciá-los na exposição simples do dogma; era a ciência vulgar das massas.
A gnose restringia-se a um pequeno número de eleitos que podiam atingir a transcendência dos problemas religiosos, constituindo-se na filosofia do cristianismo.

A DOUTRINA GNÓSTICA
O gnosticismo tornou-se forte influência na Igreja primitiva levando muitos cristãos da época como Marcião (160 d. C.) e Valentino de Alexandria a ensinar sobre a cosmovisão dualista, premissa básica do movimento.
Acreditavam na existencia de dois deuses: o criador imperfeito,(Demuirgo) associado a Jeová do Velho Testamento e outro, bom, associado ao Novo Testamento.
O primeiro criou o mundo com imperfeição, e desta imperfeição é que se origina o sofrimento humano.
O deus bom teve pena dos homens e dotou-os de uma "centelha divina", que lhes dá a capacidade de despertar deste mundo de ilusões e imperfeição.
Acreditavam no dualismo, e enfatizavam o conflito entre o mundo matérial e mundo espírital, entre carne e espirito
Consideravam o corpo como prisão da alma e o homem como ser espeiritua (centelha divina)
Consideram que o estado do homem neste mundo é "anti-natural", pois ele está submetido a todo tipo de sofrimentos.
Para eles, é necessário que o homem se liberte deste sofrimento, e isto só pode ocorrer pelo conhecimento.
Acreditam que o Universo foi criado a partir de emanações do Absoluto, seres finitos chamados de Eons que se reúnem no Pleroma.
No princípio tudo era Uno com o Absoluto, então em um determinado momento, emanaram do Absoluto estes eons, formando o pleroma.
O pleroma é um plano arquetípico, abaixo do qual está o plano material, manifestado.
O que antes era Uno e vivia no pleroma, se despedaça em partes. Este estado de infelicidade, pela descida no pleroma é o que ocasiona o sofrimento do homem neste mundo.
Um dos éons (Sofia) deu à luz o Demiurgo (artesão em grego), que criou o mundo material "mau", juntamente com todos os elementos orgânicos e inorgânicos que o constituem.
Os gnósticos ensinavam que a salvação vem por meio de um desses éons, geralmente apresentado como o décimo terceiro éon (identificado com o Cristo), distinto dos doze éons que regem o mundo decaído.
Segundo eles, Cristo se esgueirou através dos poderes das trevas para transmitir o conhecimento secreto (gnosis) e libertar os espíritos da luz, cativos no mundo material terreno, para conduzi-los ao mundo espiritual mais elevado.
Segundo os gnósticos, Cristo não veio em carne e nunca assumiu um corpo físico (Docetismo), nem foi sujeito à fraqueza e às emoções humanas, embora parecesse ser um homem,
Para que o homem possa se libertar dos sofrimentos deste mundo, ele deve retornar ao Todo Uno, por ascensão ao pleroma, e isto só pode ser alcançado pelo Conhecimento Verdadeiro (Gnose). Este despertar só pode ocorrer se o homem se descobre, "conhecendo-se a si próprio".

A ÉTICA DO GNOSTICISMO
A ética do gnosticismo se relacionava com seu dualismo básico. Se a salvação consiste na libertação do espírito do mundo material, o ideal ético seria concebido em termos ascéticos.
Certas seitas pre¬gavam uma forma extremamente estrita de abstinência, como, por exemplo, os chamados ENCRATITAS.
Alguns. Consi¬derando o fato que o espírito nada tinha a ver com o material, pensava-se que as ações externas não tinham importância alguma. 'diziam que a independência da matéria só podia ser obtida quando a gente se entre¬gava completamente às concupiscências da carne (Iibertinismo).
PRINCIPAIS MESTRES GNÓSTICOS
BASÍLIDES: Trabalhou no Egito por volta do ano 125. Seu gnosticismo tinha natureza mais filosófica, e a influência grega era mais forte.
MARCIÃO DE SINOPE (cerca 110-160) Foi um teólogo cristão e fundador do que veio depois a ser chamado marcionismo.
Era filho de um bispo da Igreja, e no início aceitava a fé da igreja, mas então sofreu a influên¬cia do gnóstico sírio Kerdo, principiando assim o processo de formação de sua própria teologia original.
Chegou a Roma por volta de 140; quando foi expulso pela congregação local, organizou sua própria igreja, que em pouco tempo cresceu consideravelmente. Vestígios desta organização ainda pude¬ram ser encontrados em vários lugares até mesmo no século VI.
MENANDRO: Patriarca gnóstico da corrente caldeu-síria, foi uma das figuras mais importantes do Gnosticismo. Como Simão Mago, era da mesma cidade de seu Mestre e transmitiu os ensinamentos Gnósticos e como também mágicos.
SIMÃO MAGO: Sabe-se que era samaritano e praticante de magia. Tanto nascimento quanto falecimento são desconhecidos, citado no Novo Testamento e nas obras dos Padres da Igreja.
SATURNINO: Apareceu na Síria no inicio do segundo século. Seu siste¬ma gnóstico revela influência oriental.
VALENTINO: Acredita-se que nasceu em Cartago, mas outras informações dizem que nasceu no Egito. Estudou em Alexandria e ensinou em Roma, entre 135 e 160. Aluno de Thedoras, foi um dos mais influentes líderes gnósticos.
Quase eleito papa, teve uma grande importância nas bases do cristianismo primitivo.

OUTROS MESTRES: Bardesane, Carpócrates, Cerinto.
O EBIONISMO: Do hebraico Evyonim, "pobres") é o nome de uma das ramificações do Cristianismo primitivo, que pregava que Jesus de Nazaré não teria vindo abolir a Torá como prega a doutrina paulina.
Pregavam que tanto judeus como gentios convertidos deveriam seguir os mandamentos da Torá, o que levou a um choque com outras ramificações do Cristianismo e do Judaísmo.
Diziam que é necessário obedecer a todos os mandamentos da Lei de Deus (Torá), inclusive ao mandamento de fazer a circuncisão.
Que os gentios que se convertem a Deus devem se circuncidar e obedecer a todos os mandamentos da Lei de Deus,
Que Jesus Cristo é o Messias, mas não é Deus, e não nasceu de uma virgem, mas sim foi gerado por José.
Criam que Paulo de Tarso foi um apóstata da Lei e não foi um verdadeiro apóstolo de Jesus Cristo, e as Escrituras Sagradas são somente o Tanach (Antigo Testamento) e um único evangelho, que era considerado como sendo o Evangelho segundo Mateus, escrito em hebraico, e era menor do que o Evangelho segundo Mateus em grego que é usado pela Igreja.

ORIGENS DO EBIONISMO
As origens do ebionismo ainda são obscuras. Crê-se no entanto que o ebionismo é o cristianismo original, ou uma das ramificações primitivas do cristianismo. Em oposição à doutrina paulina, o ebionismo deve ter surgido entre os seguidores de Jesus e Tiago, o Justo, que buscavam conciliar a crença messiânica com o cumprimento das leis da Torá.
Embora os judeus cristãos mencionados em Atos 15:1 e 21:20 não fossem ainda chamados ebionitas, pois esta denominação somente começou a ser usada mais tarde, eles eram ebionitas, pois sua crença e prática era igual à dos ebionitas.
O movimento ebionita enfatizava a natureza humana de Jesus, como filho carnal de Maria e José, que teria se tornado Filho de Deus quando de seu batismo, e sendo descendente de Davi, tornar-se-ia o rei do povo de Israel e seu último grande profeta.
Desprezado por cristãos e judeus o ebionismo constituiu uma ramificação separada e organizou sua própria literatura religiosa.

O MONTANISMO
Foi um movimento cristão do segundo século fundado por Montano.
Os montanistas declaravam-se possuídos pelo Espírito Santo e, por isso, profetizavam.
Segundo estas profecias, uma outra era cristã se iniciava com a chegada da nova revelação concedida a eles.
Foi uma reação às inovações que foram introduzidas nas igrejas pelo gnosticismo e paganismo.
Foi organizado na Frígia entre 135 e 160 por Montano, Priscila e Maximinia (profetizas do movimento), para proclamar o estabelecimento do reino de Cristo e pregar contra o mundanismo das igrejas.
Proibia certos alimentos, exigia jejuns prolongados exaltava a castidade e não permitia o casamento de viúvas, negava o perdão de pecados graves ao novo convertido, mesmo após o batismo(com confissão e arrependimento).
Montano queria fundar uma nova ordem e reivindicar seu movimento como sendo um movimento especial na história da salvação.
O principal motivo de Montano era lutar contra a paralisia e o intelectualismo estéril da maioria das igrejas organizadas na época.
Dividia os pecados em mortal e venial e exaltavam o martírio.
Tornou-se o precursor do cristianisno ascético.
Reivindicaram ter recebido revelações divinas enquanto em estado de êxtase.
O espírito lhes dava a interpretação ascética de certas passagens bíblicas.
O montanismo é uma explosão de profetismo, dando importância especial a visões e revelações.
Tem caráter essencialmente escatológico.
Cria que o período do Espírito Santo se iniciou com Montano.
A nova Jerusalém seria inaugurada na aldeia de Pepuza, na Frígia para o reino de 1.000 anos.
Era necessário viver em continência e preparar-se para tanto.
O movimento foi condenado várias vezes por vários sínodos de bispos, tanto na Ásia Menor como em outros lugares.
A Igreja montanista se espalhou pela Ásia Menor, chegou a Roma e ao norte da África.
Seu adepto mais famoso foi, sem dúvida, Tertuliano - o maior teólogo de então.

O ATAQUE DOS ESCRITORES PAGÃOS
Os escritores pagãos que agiram em defesa da religião imperial romana, da antiga filosofia, pensando estar defendendo a própria unidade do Império.
Celso é o mais conhecido destes escritores. Ele conhecia o Antigo Testamento e os Evangelhos. Pelo ano 178 ele escreveu o “A verdadeira doutrina: um discurso contra os cristãos”
Atacou as doutrinas cristãs da encarnação e da redenção e apresenta a vida de Jesus como fruto de enganos e fábulas.
“è impossível que Deus tenha descido à terra pois se o fizesse, teria que mudar sua natureza” (Celso)
Porfírio, que talvez já tenha sido catecúmeno, é outro destes polemistas. Pelo ano 270 ele publicou Contra os cristãos e Filosofia derivada dos oráculos, oferecendo aos pagãos uma doutrina que afirmava ser de revelação divina.
Marco Aurélio (121-180), imperador e filósofo, também buscou desmoralizar os cristãos, especialmente acusando-os de odiarem a raça humana pelo seu desprendimento em sofrer o martírio.
Muitos desses intelectuais procuravam demonstrar que os cristãos eram gente sem eira nem beira, e que a fé cristã era coisa para gente fracassada ou desocupada.

Luciano de Samósata é outro polemista que fez muito sucesso pelo ano 170 através da obra A morte de Peregrino, história de um filósofo necromante e errante, ridicularizando os cristãos pelo amor fraterno e desprezo pela morte.
Luciano quer retratar os cristãos como gente ignorante vítima de embusteiros.
Estas obras e outras se constituíram numa forte tentativa de menosprezar a nova fé e evitar a adesão de novos membros.

CONCLUSÕES
As obras anti-cristãs desafiaram a Igreja a elaborar um outro tipo de literatura, dando-lhe aspecto científico, em forma apologética, isto é, de defesa frente aos ataques de intelectuais pagãos.

Um grande número de pessoas, com sólida formação intelectual, entrara na Igreja e sentiu a necessidade do confronto com a filosofia pagã.

A fé não nega a inteligência, pelo contrário, a confirma.

“A teologia nasceu para responder perguntas, satisfazer as necessidades de mentes indagadoras tanto de dentro como de fora da igreja” (Olson, p. 34)

“Os cristãos enfrentaram o desafio apresentado por Celso. Suas respostas a oponentes pagãos como Celso , fanáticos como Montano e hereges como os gnósticos deram origem à teologia Cristã” (Olson, p. 34)

“Os cristãos decidiram conquistar sectários e críticos pela persuasão com argumentos sensatos demonstrando a lógica interna e a coerência da mensagem legada pelos apóstolos” (Olson, p. 35)