sábado, 4 de julho de 2009

IGREJA EVANGÉLICA, O QUE É ISTO É E PARA ONDE VAI?

O significado de “Igreja” segundo os nossos dicionários em português é: Templo Cristão; autoridade eclesiástica; comunidade dos cristãos; conjunto dos fiéis ligados pela mesma fé e sujeitos aos mesmos chefes espirituais; grupo literário.
“Evangélica”: sig. masc. Relativo ao Evangelho conforme aos ditames do Evangelho; protestante.
Com base nos significados, Igreja tem alguns significados a começar por: templo cristão que quer dizer santuário, lugar onde os cristãos se reúnem; autoridade eclesiástica, quer dizer possivelmente líder de congregação devidamente consagrado e de conhecimento eclesiásticos reconhecido; comunidade dos cristãos, uma associação de pessoas que comungam uma só fé em Jesus Cristo e que é sujeita a um chefe espiritual; grupo literário, pessoas que pesquisam, estudam, procuram ficar bem informados em um determinado assunto ou assuntos.
A partir da exposição destas definições, vou procurar esboçar o que é igreja, e que caminho percorre como responsável para divulgar o Evangelho aos povos nesse começo de terceiro milênio. A Igreja tem a base de pesquisa fundamentada no cristianismo e tem como fonte de pesquisa a Bíblia Sagrada devidamente reconhecida; diante do cristianismo tem os seus seguidores, e a grande pergunta que todos indistintamente fazemos é, para onde esta igreja vai e será que é verdade mesmo o que a Bíblia Sagrada nos diz? Diante deste quadro de indecisão percebemos que estão de forma atônita, autoridades eclesiásticas, mestres, pastores e seus discípulos. Portanto percebo que o caminho que está sendo percorrido pela igreja parece ser mais difícil do que o caminho do êxodo para a terra prometida. Quando me deparo com os ensinos da Bíblia Sagrada que em Mt. 22.37-40 diz:( Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento e o segundo semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas). O que a Bíblia nos diz é que devemos reconhecer e amar o nosso criador com “sinceridade”, depois, ter amor ao próximo como a me mesmo e ainda completa dizendo que deste mando, dependem a Lei e os profetas. Quando analiso ensinos bíblicos como estes, aflora no meu ser as minhas inquietações por causa das controvérsias praticadas dentro da igreja.
O porquê da minha inquietação: a prática da igreja, quando começo observá-la, percebo que está andando em círculo, e o que é pior andando para traz porque quando é para amar a Deus, ama o intelecto, os objetos, a beleza material, e o amor ao próximo está na beleza material e no poder econômico. E em Jo. 4.8 diz: “aquele que não ama não conhece a Deus”. Dentro das congregações, os chefes espirituais valorizam o seu alto salário ou sustento a todo custo, desconhecem e repudiam os fracos de espírito, manipulam de forma autoritária a lei que é para todos, e tais fatos tenho como comprovar e provar. De acordo com o amor que o Sr. Jesus Cristo ensina a Igreja, estamos caminhando para frente ou para traz? Quem conhece a Deus e O obedece, pratica o verdadeiro amor, anda para frente. Entendo que o amor de Deus é composto de compreensão, é algo que é participativo, é fortalecimento dos fracos de espírito, é abrigo com paz que promove enriquecimento do espírito etc. Não quero generalizar com minhas afirmações a todo o seguimento, mas é possível que se salve um percentual pequeno. Espero em Deus que haja mudança para melhor.

AS TENDÊNCIAS
Tendência: Inclinação; propensão; vocação; força que determina o movimento de um corpo; intenção; disposição. Fico com a força que determina o movimento de um corpo. A preocupação dos líderes espirituais com o “Eu Ter”, ter sustento expressivo destacável, ter santuário cheios de membros dizimistas regulares, membros pacatos os que aceitam tudo, tudo está bom, ovelhas que geram ovelhas para aumentar a receita da igreja e que de jeito nenhum reclame nada em relação ao chamado pastor, e de preferência seja uma congregação que tenha muitos membros, assim é uma congregação de futuro na visão do “Eu Ter”. Na visão do “Eu Ter”, a congregação nunca deve ser pequena com poucos membros, receita baixa, membros pobres, e na visão do “Eu Ter”, uma congregação pobre não tem futuro, está fora dos propósitos da Igreja. . Tudo isso, parece-me uma tendência de comércio, algo que tem que dá lucro material ao seu dono. A prova disto é a instalação de um monte de santuários religiosos nas principais avenidas das grandes metrópoles, procurando lugares movimentados para que dêem lucro financeiro. Para me igreja com essa filosofia é apenas uma associação de negócios. Em igreja deste tipo não é possível assimilar o amor e nem praticar o mor de Deus. Lucros financeiros é a força que determina o movimento ou o crescimento deste corpo na perspectiva do “Eu Ter”. Percebo que o “SER” na visão do “Eu Ter”, só serve para ser engolido pelo poder.

QUAL O PROGRESSO DA IGREJA?
Qual o progresso da Igreja? Há quase dois mil anos o projeto de igreja vem tentando sub-existir. Este projeto baseado no chamado cristianismo vem sendo desenvolvido ao longo do tempo parecendo que existe mais interesse material do que interesse nas coisas divinas. Toda a construção histórica da igreja há uma situação política inserida com tendências egoísticas exacerbadas que deixa de fora a verdadeira essência do Evangelho que é a matéria prima básica para a construção e manutenção da Igreja. O interesse material é tão grande que desencadeou ao longo do tempo inúmeras denominações querendo ser detentoras do projeto, projeto que é simples, bonito e promissor que constitui o racional sadio.
Desenvolvendo este projeto estão: Teólogos, mestres e pastores que no meu entender começam a construir este projeto e depois pelo egoísmo começam a destruí-lo. É uma situação triste, porque ao invés de progredir, regride, é como se andasse em circulo pegando coisas ao redor parecendo que o objetivo é algo muito pobre ou não existente. Como estou inserido um pouquinho no contexto teológico sendo participante membro de congregação, declaro com toda sinceridade, diante das práticas dos líderes fico inquieto, preocupado e até me pergunto: Aonde tudo isso vai parar?
Quero concluir afirmando que a fórmula para entender melhor o que é igreja, é obedecer as orientações do Mestre Jesus Cristo que estão em Mt. 22.37-40, que manda que amemos a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a nós mesmos. Nesse entendimento a Igreja poderá progredir; praticar o contrário disto, será impossível haver progresso, porque no entendimento do homem, o começo da igreja foi turbulento, o caminho até hoje continua turbulento, e até então a Igreja encontra-se bem fragmentada fragilizada, e para o futuro percebo que o caminho não será menos turbulento do que no passado e até o presente. Só a misericórdia do Grande “Deus criador” para com os homens poderá mudar este caminho egoísta e turbulento. Se obedecermos o mando de Jesus Cristo, teremos uma igreja forte, tendente a ganhar almas para salvação, e com a consciência de que igreja é participativa, e que as bênçãos são para todos os participantes indistintamente, aí haverá progresso. Que o Senhor nosso Deus nos dê sabedoria para que possamos entender de uma vez por todas o que realmente é Igreja e qual o caminho que devemos seguir.

José Tenório 7º Período. Disciplina Teologia dos Princípios Batistas.

OS CAMINHOS DA IGREJA NO INICIO DO TERCEIRO MILENIO

É vasta a doutrina social da Igreja sobre a sociedade, a sua estrutura, os valores fundamentais a cultivar em ordem à sua edificação como comunidade de pessoas, justa, pacífica e fraterna, e sobre a missão da Igreja na construção dessa mesma sociedade. O momento presente da nossa vida, no contexto da normal discussão democrática sobre os problemas do mundo, suscitou questões que dizem diretamente respeito à harmônica inserção da Igreja no caminho do terceiro milênio. Referimos a título de exemplo: a proposta de Lei de Liberdade Religiosa. Acreditamos que a apresentação clara do pensamento da Igreja, aos fiéis, facilitará o diálogo e trará à justa discussão dos problemas. A missão da Igreja na edificação progressiva de uma sociedade livre, justa e fraterna. Cada vez mais, um dado adquirido, pelo menos ao nível dos princípios, o respeito pelo direito dos cidadãos a serem crentes e a praticarem a sua religião. Mas na linha do subjetivismo individualista, que influenciou a cultura ocidental nos últimos séculos, há a tendência de considerar a fé religiosa exclusivamente como um fenômeno da esfera da intimidade pessoal, pertencente à ordem da vida privada, servindo isso de argumento para excluir qualquer influência da dimensão religiosa na vida pública e institucional da sociedade. Ora, não se pode ignorar que a religião congrega, gera fenômenos comunitários organizados. A Igreja é tanto um mistério de fé como uma realidade visível.
O Concílio Vaticano II chama-lhe sociedade organizada: "Esta sociedade hierarquicamente organizada, por um lado, e corpo místico por outro, assembléia visível e comunidade espiritual, Igreja terrestre e Igreja enriquecida por bens celestes, não pode ser considerada como duas realidades distintas; ao contrário, constituem uma única realidade complexa, constituída por um duplo elemento humano e divino", isto à imagem e na continuidade do próprio Verbo encarnado, Jesus Cristo. A Igreja caminha com toda a humanidade e partilha o destino terrestre do mundo. A visibilidade institucional da Igreja exige que o relacionamento da sociedade com ela não se limite ao respeito do âmbito pessoal da fé, mas enquadre a Igreja como estrutura visível e organizada.
Os nossos dias exigem muita coragem para viver. Há tantos motivos de preocupação e tantas angústias, mesmo se, no fundo, é também belo viver neste tempo, tão cheio de esperanças de um futuro mais sereno e mais humano. Muitos arriscam a vida, também, para defender suas idéias e sua liberdade, e não faltam exemplos luminosos de heroísmo. O cristão é levado, igualmente, a arriscar para permanecer tal. Não será verdade, talvez, que em algumas partes da humanidade ainda existe opressão e perseguição, levando os que desejam permanecer fiéis a Cristo a viverem escondidos, como no tempo das perseguições? E, muitas vezes, quando descobertos, pagam com a vida. Mesmo aonde não se chega a tanto, há sempre uma perseguição, és boicotado, colocam-te mil obstáculos, és ridicularizado só porque queres viver seriamente como cristão. Essa perseguição, entretanto, não é novidade desde quando Cristo foi colocado numa cruz, teve início uma longa história que já dura dois mil anos: a história dos mártires cristãos, que jamais conhecerá a palavra "fim". Ele disse: "Se me perseguiram, perseguirão também a vós".
É uma nota característica e perene da Igreja de Cristo: ela é Igreja do novo milênio. Existem, porém, algumas páginas nessa história que merecem uma grande atenção, e são as que se referem aos mártires dos primeiros séculos da Igreja Cristã, quando o sangue foi derramado em grande abundância. É muito útil, e até necessário, voltar a essa história (mas atenção: é história verdadeira, não lenda; história documentável, não fábulas ou mitos), porque é uma história que se torna escola: nela aprenderemos a ser também intrépidos na profissão da fé e corajosos na superação das provas do nosso martírio, qualquer que ele seja neste terceiro milênio. É preciso viver como Igreja de Cristo, um cristianismo sem medo de perde a sua própria vida, mais lutar em pro do outro e não se conforma com a injustiça que escraviza uma humanidade sedenta de Deus. É possível que neste terceiro milênio a verdadeira Igreja de Cristo que nos somos posar mudar esta historia que estamos presenciando nos dias atuais.

Arnaldo Félix, 7º período. Disciplina: Teologia dos princípios Batistas